Realizou-se na passada sexta-feira, 20 de Março, mais uma tarde interactiva de música, dança, teatro e cantares tradicionais com utentes e técnicos de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho de Carregal Sal e de outras instituições convidadas, promovida pela Câmara Municipal, através da Rede Social Concelhia.
Duas centenas de pessoas assistiram ao espectáculo, dando boa moldura de assistência ao auditório do Centro Cultural, onde a Câmara Municipal esteve representada por Ana Cristina Borges, vereadora da Acção Social e presidente da Rede Social Concelhia. A nível de instituições convidadas, juntaram-se às IPSS do concelho, uma vez mais, o Pólo de Oliveira do Conde da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV), a Clínica de Recuperação e Tratamento da Toxicodependência (CRTT), de Carregal do Sal, a Universidade Sénior de Carregal do Sal (USCSAL) e a Cooperativa de Solidariedade Vários, de Tondela, assim como, mas pela primeira vez, o Ateliê Mãos Unidas Pe. Damião, também de Carregal do Sal.
Conduzido na apresentação por Cristina Lopes, técnica superior de comunicação da Câmara Municipal, o espectáculo proporcionou momentos diferenciadores, numa miscelânea de sentimentos, desde o mais emotivo ao mais divertido, fazendo o público passar por diferentes estados de alma, mas manifestando sempre apreço em todos esses momentos.
Foi iniciado pela Cooperativa Vários numa coreografia da música “Photograf”, de Ed Sheeran, passando uma mensagem introspectiva e de esperança. As coreografias tiveram continuidade, em ritmo mais vivo, com as crianças do Ateliê Mãos Unidas na música “Onda Onda” (Olha à Onda); um grupo da Cáritas Paroquial de Oliveira do Conde e da Fundação José Nunes Martins nas músicas “Wake me up” e “Põe a mão na cabecinha”; idosos da Santa Casa da Misericórdia de Carregal do Sal em “Alecrim” e “Laurindinha”; e crianças da creche desta instituição na música da “Quinta do Manel”.
A Clínica de Recuperação e Tratamento de Toxicodependência levou ao espectáculo o momento mais emocionante da tarde, em que 2 dos 12 utentes em palco contaram, sob o tema “Todos Juntos”, experiências de vida, desde a destruição provocada pelo álcool à superação encontrada nesta clínica. Um homem e uma mulher deram a cara, descomplexadamente, mostrando-se agradecidos pela orientação de vida que a CRTT lhes está a dar.
Nada melhor para cortar a emoção que tinha tomado conta do auditório do que um bom momento de humor! Foi levado pela Universidade Sénior com o sketch de teatro “A Velha da Horta”, interpretado por Orísia Silvestre, António Ribeiro e Ana Barbedo. Ouviram-se gargalhadas, umas atrás das outras, como sempre acontece quando Orísia Silvestre faz por que isso aconteça.
Anunciada como encerramento com “chave de ouro”, a surpresa da actuação do grupo “As Fantásticas”, constituído por técnicas das instituições da Rede Social, pela vereadora Cristina Borges e pela técnica superior de acção social da autarquia, Ana Marília Pêga, contagiou a assistência na dança do “Malhão, Malhão”. Deu direito a repetição e, aí, as crianças do Ateliê Mãos Unidas não resistiram a subir ao palco para dançar ao lado das “fantásticas” e cantar os parabéns à aniversariante Ana Filipa Serrazes, directora técnica da Cáritas Paroquial de Beijós.
Antes da repetição daquela dança, a vereadora agradeceu às instituições participantes, assim como às suas técnicas, realçando que estas fazem “um trabalho fantástico, magnifico”, e garantiu que a Rede Social não vai deixar que a iniciativa desapareça, porque, como disse, “é um consolo para o coração a interação de crianças e idosos”. Agradeceu também aos Bombeiros Voluntários, “sempre presentes”. Rematou: “Para o ano, cá estamos outra vez!”.
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Lino Dias
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