Formalizada em Novembro de 2008 por um grupo de mães decididas a lutar pela inclusão dos seus filhos com deficiência, compartilhando uma experiência comum e percebendo a importância de se apoiarem mutuamente, a Associação Pais-em-Rede começou a funcionar em Maio de 2009 com base na direcção nacional (Lisboa) e a descentralizar-se em núcleos espalhados pelo país. Tem por missão congregar, num movimento de âmbito nacional, famílias das pessoas com todo o tipo de incapacidades, mobilizando toda a sociedade para a causa comum da sua inclusão, em linha com a defesa dos direitos humanos, preconizada pela Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Possui actualmente 11 núcleos, distribuídos por Aljustrel, Alto Alentejo (distritos de Portalegre e Évora), Aveiro, Beira-Dão (concelhos de Carregal do Sal, Mortágua e Santa Comba Dão), Braga, Fundão (distrito de Castelo Branco), Grândola (distrito de Setúbal), Lisboa, Litoral Alentejano (distrito de Beja), Mangualde (distrito de Viseu), Margem Sul (distrito de Setúbal).
O Núcleo Beira-Dão foi criado em 2017, com acção nos concelhos de Carregal do Sal, Mortágua e Santa Comba Dão, fazendo com que o distrito de Viseu se junte ao de Setúbal como únicos a ter dois núcleos Pais-em-Rede, existindo o Núcleo de Mangualde, este com acção alargada ao distrito. É coordenado por nove elementos, três de cada concelho, na sua maioria, mães de jovens com deficiência, em missão de voluntariado e de cidadania activa, sem qualquer remuneração.
O Prémio BPI la Caixa Capacitar 2020 e o facto de ter vencido o Orçamento Participativo 2021 de Carregal do Sal dão oportunidade para uma entrevista acerca da criação deste Núcleo e da sua actividade. A professora Célia Cortez, um dos elementos da coordenação do núcleo, acedeu a responder a perguntas por escrito e, como tal, publica-se aqui hoje essa entrevista. A utilização do antigo acordo ortográfico é opção do entrevistador.
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FNT (Farol da Nossa Terra) – Havendo no nosso país só 11 núcleos da Associação Pais-em-Rede, um deles com acção no distrito de Viseu, como é que surgiu o Núcleo Beira-Dão também neste distrito?
CC (Célia Cortez) – Embora nas últimas décadas se tenha assistido em Portugal a uma evolução positiva no sentido de criar um enquadramento legal/operacional centrado na pessoa com deficiência, constatámos, através das famílias, que as medidas existentes, na maioria dos casos, não são ajustadas às suas necessidades. Por isso, e tendo em conta o número significativo de pessoas com deficiência existentes nos concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua e Carregal do Sal, nomeadamente crianças e jovens, e a insuficiência de respostas que promovam uma verdadeira inclusão, surgiu o Núcleo Pais-em-Rede Beira-Dão. Quem teve a ideia de criar este núcleo foi a professora Licínia Gomes, docente de Educação Especial na Unidade de Multideficiência do Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão, a qual é frequentada por adolescentes dos três concelhos de abrangência do núcleo. Licínia Gomes conhecia bem os problemas destes meninos e das suas famílias e, tendo conhecimento da existência da Associação Pais-em-Rede, envidou esforços para a criação deste núcleo.
FNT – Como foi designado o grupo de coordenação do Núcleo?
CC – Licínia Gomes lançou o desafio da criação do núcleo a um grupo de cinco mães de jovens com deficiência dos três concelhos, no qual eu me incluía. Contudo, como de acordo com os estatutos da Associação Pais-em-Rede a coordenação dos núcleos deve ser constituída por três, cinco ou nove elementos, optámos pelo número máximo, uma vez que o núcleo abrangia três concelhos. Foram, então, convidados para também integrar a coordenação deste núcleo duas professoras de Carregal do Sal e um amigo desta causa de Santa Comba Dão. Assim, o núcleo é coordenado por Licínia Gomes, Carla Coimbra e Henrique Figueiredo, de Santa Comba Dão; Anabela Alves, Célia Cortez e Sílvia Alves, de Carregal do Sal; Ana Carreira, Graça Mateus e Cristina Diogo, de Mortágua.
FNT – Como funciona o Núcleo e com que objectivos?
CC – Ao longo destes três anos, o núcleo tem desenvolvido esforços para possuir instalações nos três concelhos, contudo, apenas em Carregal do Sal conseguimos que isso fosse possível. Em Santa Comba Dão, o núcleo funciona, provisoriamente, na sede dos escuteiros. É também aí que a coordenação do núcleo tem reunido, por ser um local mais central. O nosso primeiro projecto irá ser desenvolvido nos três concelhos, porém, tendo em conta os problemas e as necessidades de cada concelho, poderemos desenvolver acções específicas em cada um deles. Os principais objectivos do núcleo são: estabelecer parcerias para a construção de redes comunitárias de apoio; desenvolver acções que promovam a capacitação das famílias; realizar acções de sensibilização para e com a comunidade; dinamizar actividades para ocupação das interrupções lectivas e férias escolares; apoiar na implementação do plano individual de transição dos jovens com necessidades específicas; contribuir para a criação de respostas socioprofissionais, na comunidade, destinadas a jovens e adultos com deficiência; organizar e dinamizar grupos de pais que possibilitem acções de interajuda.
FNT – Qual a vossa filosofia?
CC – A filosofia do núcleo vai ao encontro da filosofia da Associação Pais-em-Rede. O que se pretende é promover a inclusão das pessoas com deficiência, apostando para isso na capacitação das famílias e no esforço conjunto de vários organismos e de vários elementos da comunidade. O lema da Associação Pais-em-Rede evidencia a filosofia «Capacitando famílias, mudando comunidades!». Na nossa associação, os elementos dos corpos sociais e os coordenadores dos núcleos não podem receber qualquer remuneração, pois as suas funções constituem uma missão de voluntariado, de cidadania activa, realizadas com generosidade e amor.
FNT – Enquanto mãe de um jovem com deficiência, quais as suas preocupações e dificuldades?
CC – Enquanto o meu filho frequentou a escola, ele foi usufruindo de apoios e de respostas que iam ao encontro das suas dificuldades e dos seus interesses. Ele era, efectivamente, feliz na escola. Porém, após a conclusão da escolaridade obrigatória, o meu filho só tinha duas opções: ficar em casa, entregue a si próprio, ou ir para uma instituição, nomeadamente para um centro de actividades ocupacionais. Como essas não eram as respostas que eu queria para o meu filho, nem ele próprio queria, vivi momentos de grande angústia. Eu sonhava com algo que fosse a continuidade do trabalho realizado na escola. Não se pode promover a inclusão de uma pessoa com deficiência durante doze anos e depois institucionalizá-la. Eu tenho muito respeito pelo trabalho realizado pelas instituições que acolhem pessoas com deficiência, mas eu sabia que essa não era a resposta que faria o meu filho feliz. Ele sente-se bem entre os seus pares, interagindo com as pessoas ditas normais.
FNT – Em que medida o Núcleo tem contribuído na resposta a essas preocupações e dificuldades?
CC – Foi no seio do núcleo e nas reuniões com a direcção da Associação Pais-em-Rede que eu tive conhecimento de alguns dos direitos dos pais das pessoas com deficiência, nomeadamente o direito a requerer jornada contínua, ou seja, eu cumpro o meu horário de trabalho no período da manhã para no período da tarde poder acompanhar o meu filho, em casa. O Núcleo Beira-Dão estabeleceu um protocolo com a Associação de Solidariedade Social de Lafões, o que permite ao meu filho desenvolver actividades socialmente úteis, embora de curta duração, nomeadamente jardinagem, nas instalações do núcleo em Travanca de S. Tomé, durante quatro manhãs, e no Parque Alzira Cláudio, durante uma manhã, com o apoio da Câmara Municipal. Nas instalações do núcleo, ele realiza ainda actividades funcionais de escrita, leitura e matemática, onde é acompanhado por um elemento da coordenação, em regime de voluntariado, durante uma manhã, e por uma pessoa a quem eu pago para o acompanhar, durante três manhãs. Não é a resposta ideal, mas aproxima-se daquela que o núcleo idealizou e que gostaria de alargar a outros jovens, após a conclusão da escolaridade obrigatória.
FNT – Essa resposta tem tido resultado transversal a todas as pessoas apoiadas pelo Núcleo?
CC – Como referi anteriormente, a coordenação do núcleo gostaria de desenvolver um projecto semelhante com outros jovens, mas isso requer verbas, pois nada se faz sem dinheiro. Os pais não deviam pagar, como eu estou a fazer, para os seus filhos terem as respostas adequadas, principalmente aqueles que não têm possibilidades para isso. Vamos continuar a lutar, a candidatar-nos a apoios para conseguirmos implementar as respostas que vão ao encontro das necessidades destes jovens.
FNT – O que sente por o Núcleo estar instalado na sua aldeia, Travanca de São Tomé?
CC – Sinto uma alegria imensa. Não se trata apenas de conseguirmos instalações para o núcleo no concelho de Carregal do Sal, o que nos permite atingirmos alguns dos objectivos que elenquei com maior facilidade, mas também porque estamos a dar vida a um espaço que me é querido, bem como às coordenadoras Anabela Alves e Sílvia Alves. Foi nesta escola que nós estudámos e podermos contribuir para a sua requalificação, para a sua preservação, é motivo de grande alegria. Esta alegria estende-se a todos os travanquenses, que nos têm apoiado bastante, nomeadamente emigrantes. Graças aos seus donativos e de uma amiga da nossa causa de uma localidade vizinha, iremos, ainda em neste mês de Janeiro, iniciar a construção de uma cozinha pedagógica. Para esta obra, contamos também com o donativo oferecido pela equipa organizadora do Festival do Leitão, de Fiais da Telha.
FNT – Qual a razão de, a nível da Associação Pais-em-Rede, só o vosso Núcleo estar integrado no projecto do «Prémio BPI la Caixa Capacitar 2020»?
CC – A Associação só podia concorrer com um projecto a este prémio. A direcção solicitou aos coordenadores dos diferentes núcleos, interessados em participar, que apresentassem um resumo do projecto para ser analisado pela mesma. Felizmente, o nosso foi seleccionado e pudemos, então, apresentar uma candidatura ao Prémio BPI la Caixa Capacitar 2020, a qual foi premiada.
FNT – Qual o valor desse prémio e o seu destino?
CC – Foi-nos atribuído o valor máximo para projectos com a duração de um ano, ou seja, 40 mil euros. Com esta verba iremos implementar o projecto “Apoiar para Capacitar”, proporcionando terapias a 22 beneficiários (crianças e jovens dos três concelhos), nomeadamente equitação terapêutica, fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional. Serão também envolvidos em actividades socialmente úteis (culinária, jardinagem e horticultura) e em actividades de ocupação dos tempos livres, durante as férias escolares.
FNT – O que levou o Núcleo a concorrer no Orçamento Participativo de Carregal do Sal?
CC – O espaço que nos foi cedido pela Câmara Municipal na antiga escola do 1.º ciclo de Travanca de S. Tomé necessita de obras e de equipamentos para conseguirmos desenvolver determinadas acções e atingirmos os objectivos a que nos propusemos. Só concorrendo ao Orçamento Participativo teríamos hipóteses de conseguirmos a verba necessária para a requalificação do mesmo.
FNT – Qual o valor obtido do Orçamento Participativo e como vai ser aplicada essa verba?
CC – O valor do Orçamento Participativo é 30 mil euros e será aplicado na requalificação do espaço que nos foi cedido. Pretendemos construir uma casa de banho para pessoas com deficiência motora, apetrechar a cozinha pedagógica que vai ser construída com verbas angariadas pelo núcleo, apetrechar a sala principal com mobiliário novo, jogos didáticos, livros e equipamento tecnológico, e transformar o alpendre num espaço fechado, equipado com materiais destinados à integração sensorial.
FNT – Quantos jovens com deficiência começaram a apoiar e quantos são actualmente, de onde são e suas idades?
CC – Começámos por apoiar 6 meninos de Carregal do Sal, 6 de Santa Comba Dão e 2 de Mortágua, incluindo-as em actividades de ocupação dos tempos livres, nas férias escolares. Durante o ano 2021, com a implementação do projecto “Apoiar para Capacitar”, apoiaremos 22 beneficiários (7 de Santa Comba Dão, 5 de Mortágua e 10 de Carregal do Sal), com idades compreendidas entre os 7 e os 20 anos.
FNT – Como se processa o apoio às famílias?
CC – Em 2021, e como já referi, iremos proporcionar terapias e actividades de ocupação dos tempos livres aos 22 meninos envolvidos no projecto “Apoiar para Capacitar”. Desta forma, estaremos a apoiar as famílias na árdua tarefa de cuidarem de pessoas com deficiência, permitindo-lhes usufruírem de algum tempo livre e de um merecido descanso. Futuramente, com o apoio da direcção nacional, pretendemos capacitar as famílias, dinamizando oficinas de pais, tal como já acontece noutros núcleos.
FNT – Há algum limite estabelecido de pessoas a apoiar pelo Núcleo?
CC – O número de pessoas a apoiar depende sempre da verba de que dispomos para o desenvolvimento das actividades. Por enquanto, estamos a centrar o nosso apoio nas crianças e jovens, pois conhecemos melhor os seus problemas e dificuldades, uma vez que cinco dos elementos da coordenação do núcleo são professoras, nomeadamente de Educação Especial. Futuramente, gostaríamos de alargar o nosso apoio a outras pessoas.
FNT – Como deve proceder quem precise de aceder ao vosso apoio?
CC – Podem contactar os coordenadores do núcleo, pessoalmente ou através do email nucleobeiradao.paisemrede@gmail.com. Também podem solicitar apoio directamente à direcção da Associação Pais-em-Rede, através do email oficinasdepais@paisemrede.pt.
FNT – Que actividades têm sido desenvolvidas nos três anos de existência do Núcleo?
CC – Como já mencionei, durante as férias escolares, envolvemos algumas crianças e jovens em actividades de ocupação dos tempos livres. Temos dedicado também algum tempo à angariação de fundos, em que já realizámos uma caminhada em cada concelho, fizemos sorteios de cabazes, participámos em feiras sociais e, em Carregal do Sal, dedicamo-nos à venda de biscoitos de azeite, ovos caseiros e doce de abóbora. Os biscoitos de azeite já são bastante conhecidos neste concelho.
FNT – Têm protocolos estabelecidos de cooperação, parceria ou patrocínio?
CC – No âmbito do projecto “Apoiar para capacitar”, estabelecemos um protocolo de cooperação com a Associação Equiterapêutica do Dão, o que nos permite proporcionar sessões de equitação terapêutica aos “nossos meninos”, sendo o valor das mesmas bastante acessível.
FNT – Sente que a comunidade valoriza o vosso trabalho?
CC – Penso que o nosso núcleo ainda não é muito conhecido, mas acreditamos que com a implementação do projecto “Apoiar para Capacitar” conseguiremos a tão desejada visibilidade e que outras portas se abram. Contudo, sobretudo em Carregal do Sal, temos sentido bastante apoio da comunidade. São muitas as pessoas que compram os nossos produtos, sobretudo os biscoitos de azeite, e também temos recebido outros apoios, nomeadamente donativos. A votação online relativa às velas expostas no Parque Alzira Cláudio, durante a época natalícia, demonstrou bem o apoio das pessoas e a valorização do nosso esforço, da nossa luta. A nossa vela obteve o maior número de votos não por ser a mais bonita, a mais criativa, mas porque as pessoas apoiam a nossa causa e são sensíveis aos problemas das pessoas com deficiência e das suas famílias. Gostaria de referir também o apoio dado pelo Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal e pela sua Associação de Pais e Encarregados de Educação, pois, ainda recentemente, as verbas resultantes da Feira do Livro Usado Virtual reverteram para o nosso núcleo.
FNT – Que resposta têm encontrado da parte das empresas e instituições a nível da inclusão de pessoas com deficiência?
CC – Ainda não estamos a trabalhar nesse âmbito, mas, futuramente, pretendemos desenvolver acções destinadas aos jovens com deficiência que concluem a escolaridade obrigatória e, nessa altura, esperamos poder contar com o apoio das empresas e de instituições locais para a inclusão desses jovens em actividades socialmente úteis.
FNT – De que forma podem ser sensibilizadas para a inclusão?
CC – Apelando à responsabilidade social das empresas. Todas têm o dever de recrutar pessoas com deficiência como colaboradores. Todos temos algo para dar à sociedade e as pessoas com deficiência também. É necessário valorizar o melhor de cada um de nós. Todos somos úteis, portanto, ninguém pode ficar para trás.
FNT – As autarquias dos concelhos de abrangência do Núcleo têm correspondido às vossas necessidades?
CC – Nos últimos três anos, através de um esforço conjunto da Câmara Municipal de Carregal do Sal e do Núcleo Beira-Dão, conseguimos incluir, gratuitamente, um grupo de meninos nas férias desportivas, acompanhados por elementos da coordenação do núcleo e voluntários. Nos outros concelhos também contámos com o apoio das câmaras municipais e do Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão para o desenvolvimento de actividades de ocupação dos tempos livres destinadas aos adolescentes que frequentam a Unidade de Multideficiência. As instalações do núcleo no concelho de Carregal do Sal foram cedidas pela autarquia, bem como alguns móveis. O projecto para a nossa cozinha pedagógica foi elaborado, gratuitamente, pela Câmara Municipal. Para a implementação do projecto “Apoiar para capacitar”, também contamos com o apoio das autarquias, nomeadamente no transporte de meninos para a Quinta do Pombal, onde terá lugar a equitação terapêutica, e para o local onde irão decorrer as actividades de ocupação de tempos livres, em Santa Comba Dão. Em Mortágua, a autarquia também cedeu um espaço para a realização das sessões de terapia da fala e de terapia ocupacional. Gostava ainda de referir que recebemos algum apoio monetário das Juntas de Freguesia de Carregal do Sal, Parada, Beijós, Nagozela e Santa Comba Dão, aquando da realização das caminhadas.
FNT – O que de importante gostaria de dizer mais nesta entrevista?
CC – Para finalizar, deixo uma frase proferida pela presidente da Associação Pais-em-Rede, Dr.ª Júlia Pimentel, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, com a qual concordo plenamente: “Mais importante do que a existência de normativos legais é que cada um de nós, nas diversas circunstâncias da vida, se coloque no lugar do outro, da pessoa com deficiência, da família da pessoa com deficiência. Se nós conseguíssemos fazer isto, tenho a certeza absoluta de que o mundo mudava e a inclusão seria uma realidade”.
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Lino Dias
(Para Farol da Nossa Terra e Defesa da Beira)
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