Reunida na quarta-feira, dia 19, à noite, em Assembleia Geral, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Carregal do Sal aprovou o Relatório e Contas de Gerência do exercício de 2007, em unanimidade de 25 irmãos presentes.
Na habitual informação das actividades desenvolvidas, o provedor, José Manuel Flórido, deu conta da boa situação financeira da instituição, que lhe permite avançar para novos investimentos, incluindo escadas de emergência no Lar de Idosos e segurança contra incêndios no Jardim-de-Infância “O Ninho”. Aumentar as receitas e diminuir os custos foi o segredo em que o mesmo sustentou o desafogo financeiro da Santa Casa, apesar do número de crianças no Jardim ter diminuído significativamente, sendo actualmente de 33 quando já chegou a ter cerca de 60, ao mesmo tempo que os encargos com o pessoal aumentaram.
O saldo negativo das contas do “Ninho” foi objecto de atenção por parte do Conselho Fiscal no seu parecer sobre as contas. Para evitar que o número de crianças continue a diminuir e conseguir que seja aumentado, o provedor reconheceu a necessidade de obras de modernização naquelas instalações, de forma a poder concorrer com instituições que oferecem melhores condições.
Na altura, o provedor deu também a saber que será celebrado brevemente um protocolo com o Centro Cultural de Currelos para funcionamento de um Centro de Dia nas suas instalações e que o apoio domiciliário já está a ser organizado. Informou ainda que o vice-provedor João Carlos Alves tinha abandonado o lugar, por motivos profissionais, e fora substituído por Isabel Sillen.
Ao ler uma carta que lhe foi dirigida por uma funcionária despedida, o presidente da Mesa da Assembleia, José Craveiro, pediu explicações acerca de processos disciplinares que a Mesa Administrativa instaurou. Ao dar essas explicações, o provedor acusou que nem todas as funcionárias têm competência para estar na Santa Casa, mas que iriam receber formação, e garantiu que não terá contemplações perante quem não cumpra os seus deveres para com os idosos ou as crianças da instituição.
O presidente da Mesa da Assembleia pôs em causa o relacionamento da Direcção com as funcionárias, mas o provedor manteve-se firme no esgrimir de considerações, o que levou José Craveiro a concluir que era assunto para tribunal e que os irmãos não tinham que se pronunciar sobre o processo.
Chegou assim o final da reunião e, ao dá-la por terminada, o presidente da Mesa expressou reconhecimento à Direcção pelo esforço feito no saneamento financeiro da instituição. Lino Dias

Sem comentários: